quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

_::o calor sueco::_



SHOUT OUT LOUDS - Our Ill Wills - 2007

Gostei de encontrar este disco, apesar de a faixa inicial ser o single usado na banda sonora da (má) publicidade da Optimus.
Publicidades à parte, o disco é bom, encorpado e bem conseguido. Mostra bem uma evolução gigante do seu primeiro registo (Howl Howl Gaff Gaff de 2003/2005). A voz torna a música proxima de uns The Cure, mas os arranjos de cordas marcam uma diferença no panorama indie.
Melodias cheias de vida e compostas por uma atitude dual, quer clássica por meio de arranjos de cordas, quer por uma atitude mais orgânica, onde baixo/guitarra/bateria soltam influências punk e rock mais revivalistas.

É um disco bem produzido e, não fosse o single "Tonight I Have to Leave It" fazer parte do tal filme comercial, bem poderia ser uma pérola escondida no meio da cena independente do norte da Europa.

Descubram e apaixonem-se

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

++o rapaz pássaro++



ANDREW BIRD - Armchair Apocrypha - 2007

Foi por acaso que este disco me veio parar às mãos, mas desde logo acalentou os meus ouvidos. Não esperava que este senhor me conseguisse convencer. Nem pela capa nem pelo que já tinha lido acerca da sua música. Contudo, li uma definição perfeita para a personalidade musical de Andrew Bird que me parece encaixar na perfeição: musicalmente, a personalidade de Bird reflecte-se numa particular atenção ao pormenor, à melodia e às letras - «O rock não tem de ser música dos homens das cavernas nem prog-rock, há alguma coisa no meio».
Parece-me que quem ouvir este disco perceberá, que Andrew Bird não se trata de mais um cantautor chato e cheio de melaço, ou de um candidato a maestro, mas sim de um ser criativo, que do produto da sua criação nascem melodias corpulentas e efectivas.

Adoro simplesmente este disco, porque em boa verdade, acho que se trata de um disco para mostrar aos netinhos.

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:: e das terras de Sua Majestade ::



THE WOMBATS - A Guide to Love, Loss & Desperation - 2007

Meninos (quase) todos ingleses, que resolveram fazer uma banda e só no dia do seu primeiro concerto baptizaram de "The Wombats".
Enérgicos em palco, cheios de "sangue na guelra" como se costuma dizer, munidos de uma panóplia de influências, fizeram tornée com os Kaiser Chiefs e com os Babyshambles, e acabam de gravar um novissimo "Moving to New York". Enquanto não posso ouvir este último, posso dizer que "
A Guide to Love, Loss & Desperation" é uma lição de rock britânico, cru e descompromotido, de fácil audição para quem gosto dos "rocks" dos últimos tempos.
Great!

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¨¨¨¨cromáticos, mas não estáticos¨¨¨¨




CHROMATICS - Night Drive - 2007

Quando falamos em revivalismo, muitas vezes, esse termo é apenas usado para firmar uma ideia de influência, e não de cópia. Neste caso específico, falo de revivalismo - puro e duro - pois se ouvirmos este disco com atenção, os anos 80 estão aqui, ou Kate Bush, ou Kim Wilde, mas na realidade as batidas parecem feitas mesmo naquela época. Não falo em cópias, falo em continuação de formulas, porque nem sempre a inovação nos revela coisas novas boas, e neste caso é simplesmente o inverso. Passo a explicar: a partir duma velha formula, continuam a construir-se melodias de rara beleza e considerável qualidade.
O disco propriamente dito é um passaporte para o passado.
A voz de Ruth Radalet, é uma daquelas que marcam quer pela autencidade quer pela versatilidade, num misto marcante para qualquer ouvido.
Gosto particularmente da formula desta banda e do seu princípio!

Descubram!!!


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|| metrica, estética e que mais...?||


METRIC - Grow Up and Blow Away - 2007

Os Metric são Emily Haines (voz/sintetizadores), Jimmy Shaw (guitarra), Josh Winstead (baixo) e Joules Scott-Key (bateria) e praticam um indie-pop, se é que este rótulo serve de alguma coisa.
A voz leve de Emily em conluio com os arranjos simples e frescos, resultam numa experiência consistente e eficaz, não sendo ainda assim necessariamente inovadora.
Emily tem projectos paralelos como é o caso de um em seu nome, acompanhada da The Soft Skeleton, aí num registo mais intimista e com influências jazzísticas. Posso também referir que esta menina é parte integrante do colectivo BROKEN SOCIAL SCENE.
Este disco vale a pena, na medida em que a palavra indie está bem expressa na sua sonoridade dançavél mais cheia de significados e conteúdo

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