segunda-feira, 27 de abril de 2009

Voyage, Voyage



JENNY WILSON - Hardships - 2009

Outra menina sueca, esta mais madura, madame do indiepop, regressa neste seu novo registo, depois de quatro anos de silêncio. Já no seu último registo "Love and Youth" deu mostras de conseguir conceber melodias intimistas, que ainda assim podem trazer frescura e sentido ritmico.
Neste seu novo registo volta a repetir a graça, apesar de denotar uma maturidade sonora impressionante. Expressiva e sentimental, merece ser ouvida com atenção.
Parece-me que a música vinda da Europa do Norte, começa a ter um papel importante e determinante no panorama internacional capaz de se destacar da britpop a metro.

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Contos::para::Míudos e não só!!!



LYKKE LI - Youth Novels - 2008

Esta menina sueca de apenas 23 anos, consegue em 14 capítulos fazer qualquer ouvinte viajar por ambientes quase mágicos - próprios de contos. Se podemos encontrar-lhe um carácter original na maneira como se expressa vocalmente, temos logo à primeira faixa um dejá-vu de um Big Science de Laurie Anderson. Contudo, esta influência dissipa-se durante os seguintes capítulos. Esta mestria de contar estórias e experiências pode ter uma remota responsabilidade lusa visto Lykke Li ter vivido cinco anos em Portugal.
Para singer-songwritter e para um disco de estreia não está nada mal.

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segunda-feira, 14 de abril de 2008

__dAnCe::aFfAiR__




HERCULES AND LOVE AFFAIR - Hercules and Love Affair - 2008

Esta dupla é mais um nome da etiqueta DFA Records de James Murphy, bem como os LCD Soundsystem, The Rapture, Hot Chip, Black Dice, etc.

Hercules and Love Affair é simplesmente, e na minha modesta opinião, um dos mais fortes candidatos "à nomeação" de melhor revelação do ano, e provavelmente a melhor disco de música de dança do ano.

A participação de Antony (Antony and the Johnsons), bem como de mais um considerável número de músicos convidados, dos metais às vozes, vem dar uma ajudinha a este projecto que está condenado ao sucesso.

Toda a envolvência sonora, e as diferentes vozes que nos embalam, quer de Antony, Nomi ou mesmo do próprio Andrew Butler, encaminham as nossas atenções para um "verão feliz e dançante" e quase viciante, porque os ouvidos vão querer ouvir muitas mais vezes...!

:::HIGHLY RECOMMENDED:::

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;;_polícia, mas não muito_;;




JOAN AS POLICE WOMAN - Real Life - 2006

Esta senhora, de seu nome, Joan Wasser, é nada mais nada menos que colaboradora de vários projectos bem conhecidos como: Antony and the Johnsons, a banda de Rufus Wainwright, The Dambuilders, Black Beetle, entre outros. Também já colaborou com os Scissor Sisters, Lou Reed, Nick Cave, Sheryl Crow, Sparklehorse e David Gahan dos Depeche Mode.

Joan define a sua musica como uma fusão de punk e soul, já que são os seus dois estilos de música preferidos . Contudo, a sonoridade deste seu disco de estreia, é bem mais encorpada que uma mera fusão. É uma expressão pura e dura de alguém que já usa a música como forma de expressão à algum tempo e que consegue ser sublime ou rude quando a temática assim o exige.


Podemos encontrar neste seu albúm um dueto fantástico, intitulado "I Defy", com Antony (Antony and the Johnsons) onde é posto em práctica o percurso que ambos já têm partilhado em inúmeros concertos .


A descobrir!!!

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||| HoT / cHiP ||| - ||| DaRk / bRiGhT |||




HOT CHIP - Made in the Dark - 2008

Os Hot Chip voltam a dar sinais de vida com um disco que marca uma viragem positiva no processo evolutivo e estético da banda. Menos melancólicos (mas não, necessariamente, menos dark) e com beats mais dançáveis, em treze faixas percorrem uma "fábula" electro-sonora mais madura e não menos bem construída.
O single de estreia deste albúm ("Ready for the Floor") remete-nos, invariavelmente para esta nova lufada de ar fresco, que é "Made in the Dark". Basicamente podemos entender o título como um produto concebido no escuro que deve, em primeira instância, conhecer as múltiplas cores das luzes das pistas de dança. Não deve ser entendido como um produto de música de dança consensual, mas sim como uma peça "futurista" e não imediata. Aqui serve a máxima de Fernando Pessoa: "Primeiro estranha-se, depois entranha-se!"

Acho que vale a pena ouvir.

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

_::o calor sueco::_



SHOUT OUT LOUDS - Our Ill Wills - 2007

Gostei de encontrar este disco, apesar de a faixa inicial ser o single usado na banda sonora da (má) publicidade da Optimus.
Publicidades à parte, o disco é bom, encorpado e bem conseguido. Mostra bem uma evolução gigante do seu primeiro registo (Howl Howl Gaff Gaff de 2003/2005). A voz torna a música proxima de uns The Cure, mas os arranjos de cordas marcam uma diferença no panorama indie.
Melodias cheias de vida e compostas por uma atitude dual, quer clássica por meio de arranjos de cordas, quer por uma atitude mais orgânica, onde baixo/guitarra/bateria soltam influências punk e rock mais revivalistas.

É um disco bem produzido e, não fosse o single "Tonight I Have to Leave It" fazer parte do tal filme comercial, bem poderia ser uma pérola escondida no meio da cena independente do norte da Europa.

Descubram e apaixonem-se

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

++o rapaz pássaro++



ANDREW BIRD - Armchair Apocrypha - 2007

Foi por acaso que este disco me veio parar às mãos, mas desde logo acalentou os meus ouvidos. Não esperava que este senhor me conseguisse convencer. Nem pela capa nem pelo que já tinha lido acerca da sua música. Contudo, li uma definição perfeita para a personalidade musical de Andrew Bird que me parece encaixar na perfeição: musicalmente, a personalidade de Bird reflecte-se numa particular atenção ao pormenor, à melodia e às letras - «O rock não tem de ser música dos homens das cavernas nem prog-rock, há alguma coisa no meio».
Parece-me que quem ouvir este disco perceberá, que Andrew Bird não se trata de mais um cantautor chato e cheio de melaço, ou de um candidato a maestro, mas sim de um ser criativo, que do produto da sua criação nascem melodias corpulentas e efectivas.

Adoro simplesmente este disco, porque em boa verdade, acho que se trata de um disco para mostrar aos netinhos.

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:: e das terras de Sua Majestade ::



THE WOMBATS - A Guide to Love, Loss & Desperation - 2007

Meninos (quase) todos ingleses, que resolveram fazer uma banda e só no dia do seu primeiro concerto baptizaram de "The Wombats".
Enérgicos em palco, cheios de "sangue na guelra" como se costuma dizer, munidos de uma panóplia de influências, fizeram tornée com os Kaiser Chiefs e com os Babyshambles, e acabam de gravar um novissimo "Moving to New York". Enquanto não posso ouvir este último, posso dizer que "
A Guide to Love, Loss & Desperation" é uma lição de rock britânico, cru e descompromotido, de fácil audição para quem gosto dos "rocks" dos últimos tempos.
Great!

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¨¨¨¨cromáticos, mas não estáticos¨¨¨¨




CHROMATICS - Night Drive - 2007

Quando falamos em revivalismo, muitas vezes, esse termo é apenas usado para firmar uma ideia de influência, e não de cópia. Neste caso específico, falo de revivalismo - puro e duro - pois se ouvirmos este disco com atenção, os anos 80 estão aqui, ou Kate Bush, ou Kim Wilde, mas na realidade as batidas parecem feitas mesmo naquela época. Não falo em cópias, falo em continuação de formulas, porque nem sempre a inovação nos revela coisas novas boas, e neste caso é simplesmente o inverso. Passo a explicar: a partir duma velha formula, continuam a construir-se melodias de rara beleza e considerável qualidade.
O disco propriamente dito é um passaporte para o passado.
A voz de Ruth Radalet, é uma daquelas que marcam quer pela autencidade quer pela versatilidade, num misto marcante para qualquer ouvido.
Gosto particularmente da formula desta banda e do seu princípio!

Descubram!!!


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|| metrica, estética e que mais...?||


METRIC - Grow Up and Blow Away - 2007

Os Metric são Emily Haines (voz/sintetizadores), Jimmy Shaw (guitarra), Josh Winstead (baixo) e Joules Scott-Key (bateria) e praticam um indie-pop, se é que este rótulo serve de alguma coisa.
A voz leve de Emily em conluio com os arranjos simples e frescos, resultam numa experiência consistente e eficaz, não sendo ainda assim necessariamente inovadora.
Emily tem projectos paralelos como é o caso de um em seu nome, acompanhada da The Soft Skeleton, aí num registo mais intimista e com influências jazzísticas. Posso também referir que esta menina é parte integrante do colectivo BROKEN SOCIAL SCENE.
Este disco vale a pena, na medida em que a palavra indie está bem expressa na sua sonoridade dançavél mais cheia de significados e conteúdo

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